quinta-feira, 27 de janeiro de 2011

All I ever wanted.

Acordei antes do sol raiar, pra fazer tudo que eu sempre quis. Corajosa eu? Poderia dizer que é uma questão de sobrevivência.Já pisaram tanto nos meus sonhos que decidi desamassá-los e colocá-los em minha bolsa nessa jornada. Coloquei também, uma dose de realidade, para não pisar em ovos por aí ! Peguei meu carro anos 90, e saí por aí. Vou escrever um livro, plantar uma árvore, e bem pra frente, num futuro ainda distante, ter um filho. Sim, eu sei que sempre disse para ser diferente. Mas quem nesse mundo segue realmente esse antigo ditado , não é? Tenha um filho, plante uma árvore, escreva um livro.Um, dois ou três. Não é uma ordem, é um desejo. 
Gritei para todos que perderam a fé nesse mundo, para todos que deixaram de sonhar: não se espelhe nos outros! Não estou dizendo para deixar de aprender o que os outros te ensinam, ou pra pular da ponte esperando ser diferente e não morrer. Não seja tão radical! Apenas não se espelhe e viva suas próprias experiências.Não deixe que os outros decidam o rumo da sua vida por você! Se não deu certo para eles, foi para eles.Quem sabe o caminho que eles trilharam não foi feito pra você? Você ainda nem tentou pra saber! Arrisque. 
Eu arrisquei. E risquei o chão de giz, fiz desenhos, escrevi, brinquei de amarelinha. Tomei um banho de chuva. Depois, quando cheguei molhada em casa, onde realmente senti que sou bem vinda, e que ali é o meu lugar, sentei-me ao pé da janela, pra ver, por alguns minutos a vida correndo lá fora. Então, pulei a janela e saí correndo também. Não atrás da vida, mas junto com ela, no seu ritmo, e aí vem outro clichê para me acompanhar: tudo tem seu tempo. 
E quando a noite da vida brilhou, eu estava lá, deitada ao pé da minha árvore, laranja-lima, lendo o livro que escrevi pela centésima vez, achando que podia ser melhor, aninhada ao filho, aquele que no futuro distante chegou e que agora é meu presente mais verdadeiro.

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