quinta-feira, 8 de novembro de 2012

Bobagens.

Guardei um pouco de chuva
e pipoca doce pra nós dois
E desatei os nós depois,
pra ninguém se perder.

Maldizer a rotina é coisa
de quem não acorda
com a luz que descortina
dos teus olhos todo dia

E se eu apagar uma coisa ou outra
Não me faça pagar de boba
Não me faça despir minh'alma.

Fecho os olhos, miudinhos
pra deixar que o vento sopre
e que a roupa amarrote.
Faço coque preguiçoso,
e fico fora de área.

Encosta (na) a porta
Que o sim nos convida.
E a tristeza? Tá de partida.

terça-feira, 6 de novembro de 2012

Blue bird.

Aquarela,
noite vela
e a tinta se derrama sobre mim.

Faz-me nela,
faz-me dela,
alma e tela,
cor e sim.

Pincelada,
tudo ou nada,
sejas flores do jardim.

É que o sono,
madrugada,
me invade e por fim

desse burburinho eu faço samba
acapela
e a dor que dói de amor é coisa bamba
de novela
o sol já vai raiar o novo dia
agonia
e as doses, ah, as doses
não se regam, não se rimam,
só me fazem
ser prazer e poesia.
É que, quando perco a esperança, encontro a poesia.