segunda-feira, 13 de junho de 2011

Quando Assim

Quando eu era espera,
Nada era, nem chovia, nem fazia;
Só senti que a calma, não acalma
Quando só a solidão.
Quando eu era estrela
Era inteira na mentira que eu dizia
Ser o que não era,
Convencia, dentro da minha ilusão
Quando eu fui nada,
Faltou nada, tudo pronto pra escrever
Eu não sabia buscar,
Foi quando apareceu,
O que quis inventar,
Pra preencher o meu mundo particular,
No peito que era seu
No seu mundo não há
Mais nada que não eu,
Já sei dizer que o amor pode acordar.
Eu não sabia buscar,
Foi quando apareceu,
O que quis inventar,
Pra preencher o meu mundo particular,
No peito que era seu
No seu mundo não há
Mais nada que não eu,
Já sei dizer que o amor pode acordar. ♪



Quando fui vida, fui sorte. Desconhecia cada passo, mas me guiei ao norte. Ou será que foi ao sul? Cheguei aqui debaixo de chuva e me enfiei num barraco velho apinhado de lembranças alheias. Queria deixar as minhas ali também. Abri a janela. Fui espera.Valeu a pena. Amanheceu. E um raio de sol, tímido, entrou pela janela, tocou minha pele. Pequena coisa. Grande felicidade. Eu não estava mais perdida. Não havia nem chuva nem tempestadade. Havia apenas vontade. Encontrei meu rumo: iria aonde houvesse sol. 

Eu podia ouvir o vento sussurrando meu nome.
Não haverá mais sede, nem fome.
Encobriremos o caminho com flores.
Não derrame medo.
Acreditar é com fervor.
Antes de cair, levante.
Antes de flutuar, ande.
As ruas já não são mais as mesmas - elas se fizeram num instante, e já não são mais.
As luzes da cidade esperam tua noite. Anoiteça.
Vou-me embora, mas não venha.
Meus ouvidos se fecharam tarde demais, minhas palavras falaram até demais.
É hora de guerra - comigo mesma - à espera de paz.
Paz.
Paz e amor.