quinta-feira, 28 de outubro de 2010

ninguém é nossa asa, é apenas um motivo pra voar.

   Então, certa vez, fui julgada. Aliás, certas vezes. E aprendi a julgar. Aprendi que nada volta como foi, que nada muda por sua vontade, somente. Que voluntaria e involuntariamente você depende dos outros. E como depende. É em você que está a felicidade, mas eles são um ótimo caminho para despertá-la. 
E então vieram me perguntar: por quê? E eu disse: não foi por mim, nem por ninguém. Foi pela vida. Pelas atitudes, pelas escolhas. E não diga que não tentei, que não corri atrás, que não quis que tudo se mantivesse como antes. Mas algo mudou. E esse ‘algo’ interferiu no ‘tudo’. 
   A distância é pra afastar e afastou. 
   A frieza é pra magoar, e magoou. 
  O que havia secou, amargo. E agora virou piadinha, que me dói a cada risadinha. Não existem duas caras. Existe apenas aquele que não quisemos enxergar, mas que não é uma parte ruim, é uma parte essencial, que pensamos ser a culpa de tudo quando na verdade os culpados somos nós que não aceitamos ver essa face, a face dos defeitos, dos erros.
Às vezes, me arrependo sim do que disse ou escrevi.
 O problema é que não acreditaram que quando eu disse era verdade. Pedi que não esquecesse, não se afastasse; mas esqueceu e se afastou tão rápido que nem deixou um adeus.
  Mas ainda vejo tudo diferente, pode ter certeza.


“You may say I’m a dreamer, but I’m not the only one.”

segunda-feira, 25 de outubro de 2010

Folheei algumas páginas, e o raio de sol cortou a poeira que subiu, fugaz, na direção da liberdade do vento. Não me preocupei, haviam desenhos rabiscos ; alguns corações tomavam conta das margens, enfeitavam-nas, e quem sabe, lhes davam um pouco de vida, de sentimento.

Mas então , depois de algumas páginas em branco (que todo mundo tem) vieram as palavras. E como vieram. Eram fortes, intensas, expressivas, verdadeiras

Mas o tempo, as deixou no papel, e as tirou do coração. Perderam a intensidade, a força, a beleza, e principalmente, perderam o sentimento.


A verdade de outrora não se tornou mentira. Se tornou passado.

terça-feira, 5 de outubro de 2010




Lembro-me como se fosse ontem. Reparei neles do início ao fim.


Ele a amava. Talvez antes ninguém pudesse perceber, ou sequer se importasse com isso, afinal, se eles estavam juntos é porque se gostavam. Não sei dizer sobre ela, mas sei ler o olhar dele. As fotos são testemunhas, as lembranças, os detalhes: todos são testemunhas. O sorriso mais sincero, o brilho no olhar, a paz de espírito; tudo de bom nele pertencia a ela. A dança dos dois era a mais compassada, e nem precisavam ser profissionais, eles seguiam o ritmo do coração. O casal mais lindo, tenho que admitir. Eles pareciam anjos que haviam caído um na vida do outro, e se completado, se encaixado perfeitamente. Mas ela, justo ela só gostava. Gostava de ver o sorriso dele à sua espera, vê-lo dando apoio a ela. Isso era importante, era carinhoso, era o que ela precisava. Então ela tinha uma amizade por ele. Amores diferentes, mas que mesmo assim tentaram se manter convivendo juntos. Grande erro.  No fim o todo amor acabou. Por que ela só acreditava em amizade verdadeira, e ele descobriu que se iludiu com o mais puro amor.


Anallu Goes