terça-feira, 6 de novembro de 2012

Blue bird.

Aquarela,
noite vela
e a tinta se derrama sobre mim.

Faz-me nela,
faz-me dela,
alma e tela,
cor e sim.

Pincelada,
tudo ou nada,
sejas flores do jardim.

É que o sono,
madrugada,
me invade e por fim

desse burburinho eu faço samba
acapela
e a dor que dói de amor é coisa bamba
de novela
o sol já vai raiar o novo dia
agonia
e as doses, ah, as doses
não se regam, não se rimam,
só me fazem
ser prazer e poesia.

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