Guardei um pouco de chuva
e pipoca doce pra nós dois
E desatei os nós depois,
pra ninguém se perder.
Maldizer a rotina é coisa
de quem não acorda
com a luz que descortina
dos teus olhos todo dia
E se eu apagar uma coisa ou outra
Não me faça pagar de boba
Não me faça despir minh'alma.
Fecho os olhos, miudinhos
pra deixar que o vento sopre
e que a roupa amarrote.
Faço coque preguiçoso,
e fico fora de área.
Encosta (na) a porta
Que o sim nos convida.
E a tristeza? Tá de partida.
Anallu Goes .
Vou aonde quero ir, mas no final sempre acabo aqui.
quinta-feira, 8 de novembro de 2012
terça-feira, 6 de novembro de 2012
Blue bird.
Aquarela,
noite vela
e a tinta se derrama sobre mim.
Faz-me nela,
faz-me dela,
alma e tela,
cor e sim.
Pincelada,
tudo ou nada,
sejas flores do jardim.
É que o sono,
madrugada,
me invade e por fim
desse burburinho eu faço samba
acapela
e a dor que dói de amor é coisa bamba
de novela
o sol já vai raiar o novo dia
agonia
e as doses, ah, as doses
não se regam, não se rimam,
só me fazem
ser prazer e poesia.
noite vela
e a tinta se derrama sobre mim.
Faz-me nela,
faz-me dela,
alma e tela,
cor e sim.
Pincelada,
tudo ou nada,
sejas flores do jardim.
É que o sono,
madrugada,
me invade e por fim
desse burburinho eu faço samba
acapela
e a dor que dói de amor é coisa bamba
de novela
o sol já vai raiar o novo dia
agonia
e as doses, ah, as doses
não se regam, não se rimam,
só me fazem
ser prazer e poesia.
quarta-feira, 17 de outubro de 2012
domingo, 14 de outubro de 2012
domingo, 30 de setembro de 2012
Fui pega contando estrelas. Me disseram que era inútil continuar, que não havia fim, que não contaria todas, e talvez, contasse as mesmas, pois eram todas parecidas. Era perda de tempo. Idiotice. Mas eles não vêem. Não conto estrelas pelo resultado. Não é nenhuma contagem quantitativa. É estritamente qualitativa. Porque, quando a insônia vem, as estrelas me encontram e me acompanham. Nos embalos da madrugada. E elas brilham, unicamente, meu caro amigo. Confundi-las é para aqueles que não as admiram. Conto pra me desprender do chão. Pra encontrar o céu. Olho pra cima, em busca de algo mais. Algo além do que o esperado me reserva. Algo além do que o útil me entrega. Por eu tenho certeza de que, depois no número dez, já perdi a conta e a direção. Mas ganhei sentido, sono e sonho. E um pouco de paz, também. Ocupei minha mente e, de quebra, meu coração com algo bom. Uns contam ovelhinhas - e acho elas fofinhas. Mas eu, eu conto estrelas, coração.
- Anallu Goes.
terça-feira, 25 de setembro de 2012
Hoppípolla!
E ela veio.
Serena.
Veio assim, sem avisar.
Mas não ligo não.
Veio assim, pra arrasar.
Mas não ligo não.
Levou e lavou o que tinha no seu caminho.
Minh'alma estava lá.
Ai, ai.
Posso senti-la.
Como dizem os islandeses
(perdoem minha pronúncia),
Hoppípolla!
Ai, ai.
Ela veio, como o veio de um rio.
Escorreu delicada pelas curvas do rosto.
Atrevida encontrou teus lábios.
Respigou alegria.
Bem-vinda, chuva.
Serena.
Veio assim, sem avisar.
Mas não ligo não.
Veio assim, pra arrasar.
Mas não ligo não.
Levou e lavou o que tinha no seu caminho.
Minh'alma estava lá.
Ai, ai.
Posso senti-la.
Como dizem os islandeses
Hoppípolla!
Ai, ai.
Ela veio, como o veio de um rio.
Escorreu delicada pelas curvas do rosto.
Atrevida encontrou teus lábios.
Respigou alegria.
Bem-vinda, chuva.
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