domingo, 30 de setembro de 2012

Fui pega contando estrelas. Me disseram que era inútil continuar, que não havia fim, que não contaria todas, e talvez, contasse as mesmas, pois eram todas parecidas. Era perda de tempo. Idiotice. Mas eles não vêem. Não conto estrelas pelo resultado. Não é nenhuma contagem quantitativa. É estritamente qualitativa. Porque, quando a insônia vem, as estrelas me encontram e me acompanham. Nos embalos da madrugada. E elas brilham, unicamente, meu caro amigo. Confundi-las é para aqueles que não as admiram. Conto pra me desprender do chão. Pra encontrar o céu. Olho pra cima, em busca de algo mais. Algo além do que o esperado me reserva. Algo além do que o útil me entrega. Por eu tenho certeza de que, depois no número dez, já perdi a conta e a direção. Mas ganhei sentido, sono e sonho. E um pouco de paz, também. Ocupei minha mente e, de quebra, meu coração com algo bom. Uns contam ovelhinhas - e acho elas fofinhas. Mas eu, eu conto estrelas, coração.

- Anallu Goes.



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