terça-feira, 8 de dezembro de 2009

Medo #


O medo paralisa as pessoas. Quem nunca ouviu isso? Mas descobrir isso é fácil, o complicado é agir. As teorias nunca funcionam, porque se somos únicos teorias unificadas não vão servir a todos, certo?!

E afinal, quem não tem medo? Coragem não é não tê-lo, mas saber encará-lo, ou guardá-lo naquela gaveta esquecia dentro de você. Ás vezes (mas raramente), o medo me parece bom, por que nos impõe limites e coloca nossos pés no chão.

Mas o problema é quando ele cria barreiras, e ao invés de limites, limitações. E é assim comigo. Crio barreiras que ninguém pode romper, e acabo vivendo atrás de mascaras que me protegem de fantasmas imaginários, mas que me parecem tão reais; assim sigo sem mostrar aos outros quem sou – se é que sei quem sou.
Sabe aquele ditado que diz que quando uma porta se fecha, três janelas abrem? Bem o problema é que o barulho da porta se fechando é tão assustador que fico estagnada, paralisada, e acabo me tornando cega sem conseguir enxergar as janelas, e quando as vejo, me parecem mais sombrias que a porta. Além disso, qual das três janelas devo escolher? Qual caminho seguir? Então o famoso medo entra em cena novamente: sou impaciente demais para ficar analisado os caminhos, e acabo optando pelo aparentemente melhor, mas que não é, e o erro é inevitável.

Meus sonhos, ah! Eu acabo os deixando de lado, porque torná-los realidade parece ter um preço muito caro, que não tenho como pagar. E assim todos os caminhos se tornam sem sentido. E tenho mais medo. Medo de sentar-me um pouco para espairecer, e acabar atropelada pelos sonhos dos outros, que sabem o que querem, e não medem esforços para alcançar seus objetivos. E se nesse atropelamento eu acabar ferida demais e sozinha em minha indecisão. E aí vem o medo da dor ser tão grande que eu seja incapaz de suportá-la, de vencê-la. E acabe desistindo.

Meu Deus! O que é o medo, afinal? Como uma coisa que parece tão boba pode ganhar tanto poder? Eu ainda irei descobrir. Às vezes penso que ele é como o monstro do armário que tem a feiúra e a força que damos a ele.

Mas de uma coisa eu já sei: a dor que o medo causa é única a cada um. Para uns, é uma espetada de agulha, e para outros é um dor dilacerante, que pode realmente ser fatal.

Então, o que nos resta?

Resta guardar tudo isso na gaveta do esquecimento, que tudo passa. Pode ser difid]cil, e é compreensível que seja. Mas impossível, afiinal, se o homemarriscou-se em viajar ao espaço, pode e deve arriscar-se numa viagem interior. O objetivo dessa viagem? Encontrar uma das coisas mais valiosas e importantes: a si mesmo.

#A.G

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