quarta-feira, 3 de março de 2010

Ontem deitei sobre a grama mais verde e mais macia. Senti o orvalho umedecer minha roupa. Mas isso não era o mais importante. O que importava realmente, naquela tarde, eram as borboletas. Sim, as borboletas. Nunca as havia reparado. Não como ontem. Elas pareciam tão livres, tão multicolores, tanto quanto a felicidade. Pareciam leves e levadas, como um papel que escorrega da mão e se deixa voar lentamente, no embalo do vento. E de repente, sem receio, elas pousam na palma da mão, fazendo cócegas, mas fazendo-me sentir mais perto da felicidade. Me fez perceber, o que eu não havia entendido antes: a felicidade é como as borboletas. É livre, leve e solta. Ninguém pode querer guardá-la somente pra si, simplesmente porque ela morre se estiver presa pelo egoísmo. Mas quando você a conquista percebe que o sorriso estava guardado todo o tempo, apenas esperando as cócegas do pouso da borboleta na palma da mão, pra se abrir verdadeiramente. Sem medo. Simplesmente acontecer.

#A.G

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